A Polícia Civil do Tocantins deflagrou nesta quarta-feira, 3 de dezembro, a Operação Banquete de Cinzas, uma investigação que mira um suposto esquema de direcionamento de licitações e desvio de recursos públicos destinados à merenda escolar do município de Alvorada, no sul do estado. As suspeitas envolvem contratos financiados pelo Fundo Municipal de Educação, que somam até R$ 4 milhões em possível prejuízo ao erário.
A operação mobilizou 49 policiais civis e contou com equipes da Divisão Especializada de Repressão à Corrupção (Decor), da Dracco e de outras unidades táticas. Ao todo, foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão nas cidades de Palmas, Gurupi, Nova Rosalândia e Alvorada, alcançando residências, empresas e locais ligados aos investigados.
Segundo informações preliminares da investigação, o grupo teria atuado no direcionamento de processos licitatórios e na contratação irregular de fornecedores de gêneros alimentícios destinados à merenda escolar. O esquema, ainda em fase de apuração, levantou indícios de superfaturamento, acordos ilegais e possível lavagem de dinheiro.
Durante os mandados, um dos investigados tentou destruir o próprio celular na tentativa de ocultar provas e, por esse motivo, acabou preso em flagrante. Os envolvidos poderão responder pelos crimes de fraude à licitação, peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
O nome da operação, “Banquete de Cinzas”, faz referência à merenda escolar que deveria atender crianças e estudantes, mas que, conforme as suspeitas, teria sido “consumida” pela corrupção em vez de chegar às escolas.
As investigações seguem sob responsabilidade da Polícia Civil, que continua analisando documentos, dados apreendidos e movimentações financeiras para aprofundar a apuração do esquema.


