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Investigação da PF sobre empresa de criptomoedas e ChatGPT no Brasil

Investigação da PF sobre empresa de criptomoedas e ChatGPT no Brasil

Investigação da PF sobre empresa de criptomoedas e ChatGPT no Brasil

A Polícia Federal do Brasil está conduzindo uma investigação sobre a empresa de criptomoedas Tools of Humanity, que está ligada ao fundador do ChatGPT. Recentemente, esta empresa levantou questões gravíssimas ao coletar dados sensíveis dos usuários em troca de criptomoedas, incluindo a leitura da íris. O Ministério Público e a ANPD já estão envolvidos para verificar os possíveis abusos e irregularidades na coleta desses dados sensíveis.

O papel da Polícia Federal na investigação

A investigação da Polícia Federal (PF) em São Paulo tem ganhado granulosidade devido às sérias acusações contra a empresa Tools of Humanity. Os agentes federais começaram a fazer diligências após uma denúncia anônima que indicava irregularidades nas operações da empresa. Desde que a Tools of Humanity iniciou suas atividades, em novembro de 2024, ela atraiu a atenção das autoridades por coletar dados biométricos sensíveis através da leitura da íris, oferecendo em troca créditos em criptomoedas.

Com a movimentação significativa de pessoas diariamente em frente ao estabelecimento, a PF constatou que a empresa operava sem CNPJ e causava poluição tanto sonora quanto ambiental na região. O que mais alarmou os investigadores foi o fato de que entre 150 e 250 pessoas inteiravam suas informações em troca de um montante que pode chegar a R$ 300,00 nas criptomoedas, tornando-se assim potenciais vítimas de um esquema que fere normas de proteção de dados.

Além de atender as denúncias em andamento, a PF está colaborando com a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) para garantir que a coleta de dados esteja em conformidade com a LGPD. Essa parceria é essencial, pois a administração pública está atenta ao impacto que a coleta não regulamentada de dados pessoais pode ter na sociedade.

Denúncias sobre a coleta de dados biométricos

As denúncias acerca da coleta de dados biométricos pela empresa Tools of Humanity levantam questões sérias sobre privacidade e proteção de dados pessoais. Segundo a denúncia anônima que chegou à Polícia Federal, a empresa estaria realizando a leitura da íris de usuários em troca de créditos em criptomoedas, um processo que pode ser considerado invasivo e repleto de riscos à segurança.

Além disso, a investigação revelou que a empresa estava operando sem um registro formal (CNPJ) e começou suas atividades a pouco mais de três semanas, levantando suspeitas sobre a legalidade de suas operações. O fluxo intenso de pessoas visitando o local, variando entre 150 a 250 diariamente, só intensifica as preocupações sobre possíveis violações de privacidade, já que estas pessoas não estão apenas compartilhando suas informações pessoais, mas seus dados mais sensíveis.

Os problemas vão além do simples ato de coletar dados. A denúncia ressalta os riscos associados, pois a coleta de dados biométricos está sob um regime rigoroso de proteção de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). Qualquer inconsistência ou violação nesse processo pode resultar em sanções severas, além de comprometer a integridade e a confiança dos cidadãos nas empresas que operam no mercado de tecnologia e criptomoedas.

Como a ANPD está lidando com a situação

A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) tem se mostrado proativa em lidar com as denúncias relacionadas à Tools of Humanity e sua coleta de dados biométricos. Após a divulgação das investigações pela Polícia Federal, a ANPD se pronunciou publicamente, informando que já havia iniciado diálogos com a empresa para esclarecer as práticas em curso.

Em uma declaração oficial, a ANPD destacou que as ações que envolvem dados biométricos, como a coleta de íris, devem respeitar a legislação vigente da LGPD. A autoridade exortou os responsáveis pela Tools of Humanity a cooperarem plenamente, a fim de garantir a transparência e o cumprimento das normas de proteção de dados pessoais.

Além disso, a ANPD estabeleceu um processo de fiscalização visando investigar as práticas de tratamento de dados biométricos, com o intuito de garantir que os direitos dos titulares de dados sejam respeitados. Qualquer descumprimento poderá acarretar medidas punitivas, o que evidencia a seriedade com que a ANPD está tratando esta situação.

Esse enfoque não só reforça a importância da proteção de dados, mas também busca preservar a confiança do público em relação às tecnologias emergentes, especialmente em um período onde o uso de dados pessoais está em constante expansão, principalmente com a crescente adoção de soluções envolvendo inteligência artificial.

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